Por Karime Loureiro/Colunista VemTambém

O Gabinete de Comunicação de Champagne declarou que hoje, dia 28 de outubro, é o Dia Mundial do Champagne. Mas antes de celebrar, que tal saber mais sobre esse balsamos dos Deuses?
As uvas foram cultivadas na região de Champagne, na França, no século século I e, mais tarde, na Idade Média. Os vinhos desta região eram considerados um dos melhores vinhos da França.
Durante este período, a região de Champagne produzia apenas vinhos tintos e brancos “tranquilos” (não espumantes). A reputação e a qualidade desses vinhos criaram uma rivalidade entre os produtores da região de Champagne e Borgonha. Comparar os tintos da Borgonha com os da região de Champagne era justificável. Ambos produzidos a partir da mesma variedade: uvas Pinot Noir.
Só mais tarde, no final do século XVII e no início do século XVIII,. monge religioso chamado Dom Pérignon (1638-1715), que era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França, onde ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Essa “refermentação” do vinho, que ocorria dentro das garrafas fechadas, provocava a liberação do gás carbônico, gerando uma pressão que estourava os tampões ou arrebentavam as garrafas. Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e utilizou rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro da própria garrafa.

Outro ponto de sua colaboração foi a ideia de realizar o assemblage, que consiste em misturar dois ou mais vinhos, podendo ser tintos e brancos. Com aprimoramento da técnica, a fermentação passou a ser controlada por açúcares e fermentos, conseguindo assim um controle sobre a sua efervescência, e elaborando assim um produto mais agradável ao paladar. Conta a história que o monge se surpreendeu ao experimentar a bebida e comentou “estou bebendo estrelas”.

Contudo, Dom Pérignon tinha um problema com o seu produto: os resíduos da segunda fermentação permaneciam na garrafa, fazendo com que a bebida tivesse uma aparência feia, o líquido turvo e não límpido. Foi então que uma mulher, Barbe-Nicole, conhecida como Veuve Clicquot, criou uma mesa, hoje chamada de pupitre a qual permite que, como movimentos circulares na garrafa, os sedimentos da segunda fermentação desçam para o topo da garrafa inclinada e sejam retirados. Isso foi em 1816 e tornou os champanhes mais claros, sem sedimentos,entrando para história, e contribuindo no aprimoramento do champagne.

Importante lembrar, por fim, que todo Champagne é espumante, mas nem todo espumante é champagne!
A denominação champagne é uma appellation dorigine contrôlée (denominação de origem controlada). A região de Champagne, na França, é a única no mundo que pode dar o nome de champagne aos seus espumantes. Nem mesmo outras regiões da França podem chamar assim seus vinhos espumantes. Champagne, tem um solo com características específicas que propiciam as uvas aptas para um champagne (Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier) e um clima frio. O vinho elaborado com essas características, em outros países, recebe a denominação de vinho espumante. A gente até consegue tomar espumante todo dia, já o Champanhe…..
Caso você ainda não saiba como comemorar o Dia Mundial do Champagne, a organização enviou uma série de dicas para ninguém deixar a data passar em branco:
- 1. Ajude a levar o #ChampagneDay aos trend topics do Twitter!
- 2. É a sua chance de ter uma excelente desculpa para conhecer aquele restaurante francês que você sempre sonhou em ir.
- 3. Caso o tópico 2 soe um pouco dolorido para o bolso, tente harmonizar suas próprias comidas com o espumante. Que tal morangos cobertos com chocolate?
- 4. Diversas regiões ao redor do mundo estão realizando degustações do espumantes. Junte seus amigos e organize a sua própria degustação!
