Por Karime Loureiro, colunista VemTambém
Embora os champanhes datem do século 17, conforme Richard Juhlin, no livro 4000 Champagnes (Flammarion, 2004), registros da época dão conta da existência e consumo de vinhos espumantes há mais de 2 mil anos. O champanhe, tal como conhecemos hoje, sofreu inúmeras modificações ao longo de sua história.
Uma das mais significativas delas está ligada à redução da adição de açúcar na fase final da bebida, o chamado licor de expedição, quando então é definido se o champanhe terá paladar seco ou mais adocicado. Na época, era comum acrescentar açúcar ao espumante e as quantidades não eram pequenas. Algumas empresas chegavam a colocar mais de 200 gramas de açúcar por litro; imagina que a Coca-Cola tem pouco mais de 100 gramas de açúcar por litro, ou seja, pense numa bebida doce era o champanhe.
Foi então que, por volta de meados do século XIX, os ingleses, que na época já importavam 40% de todo champanhe produzido, cansados de beber espumantes tão doces, demandaram aos produtores algo mais seco.
A partir de 1865, para atender o pedido das “Terras da Rainha”, algumas casas produtoras, como Bollinger, Clicquot, Pommery e Ayala, passaram a produzir champanhes mais secos. Mas, coube à casa Pommery, em 1874, produzir o primeiro champanhe extra dry, destinado exclusivamente a exportação para o mercado inglês. As de “gosto francês” eram as mais exportadas para a Rússia, onde a preferência era pelos mais açucarados.
Com o tempo o mercado mudou e hoje o espumante tem sua doçura muito bem definida e classificada.
Dessa forma, segundo a legislação, temos a seguinte nomenclatura:
Doce – 60,1 a 80 gramas de açúcar por litro.
Demi-Sec (meio seco) – 20,1 a 60 gramas de açúcar por litro.
Extra Dry – 15,1 a 20 gramas de açúcar por litro.
Brut – 8,1 a 15 gramas de açúcar por litro.
Extra Brut – 3,1 a 8 gramas de açúcar por litro.
Nature – contêm dosagem zero ou menos de 3 gramas de açúcar por litro.
Que eu amo espumante vocês já sabem, e vocês? Há algum favorito? Eu tenho FAVORITOS, porque impossível amar somente um… (estou falando de espumante, hein?!)