A noite de sábado, 1º de agosto, foi de comemoração para artistas cearenses, que participaram do II Festival de Música da Assembleia Legislativa, encerrado com a vitória de “No Céu do Jardim”, composição de Orlângelo Leal, e interpretada por ele e por Ariadna Sampaio. Os dois compartilharam o prêmio de R$ 25 mil, concedido à primeira colocação, entregue pelo presidente da casa, José Sarto.
O segundo lugar, com a canção “Amor, Ordem e Progresso”, de Kalíope, recebeu R$ 15 mil, enquanto a cantora e compositora Claudine Albuquerque conquistou a terceira posição com Na Contramão, arrematando o prêmio de R$ 7 mil.
Kalíope levou ainda o prêmio de R$ 5 mil pela coroação como melhor intérprete do festival, enquanto Aparecida Silvino ganhou na categoria júri popular com a canção “Pode Bater Tambor”, composição dela em parceria com Gilvandro Filho, e que conquistou 18,6% dos quase 16 mil votos do público.
“A gente compôs esse mosaico de talentos diferentes. Todas as músicas finalistas são fantásticas, cada uma no seu perfil, no seu viés. A gente está dando uma pequena amostra de incentivo à cultura, aos valores locais”, afirmou Sarto.
Naturais de Itapipoca, Orlângelo Leal e Ariadna Sampaio foram os grandes vencedores da noite. Ele, com uma carreira já consolidada; ela, estreando nos grandes festivais. Para Ariadna, a experiência foi única e especial. “É uma vivência ímpar estar no mesmo palco que tantos grandes nomes, e contemplar toda a diversidade cultural existente em um só lugar”, observa.
Orlângelo, mais experiente, parabenizou a produção do evento realizada pela equipe da Assembleia Legislativa, reconhecendo as dificuldades provocadas pela pandemia. “É um momento atípico e todos estamos tentando nos adaptar”, disse.
Um dos grandes destaques da noite foi o segundo colocado e melhor intérprete, Kalíope. A canção, “Amor, Ordem e Progresso”, assim como sua interpretação e espontaneidade, arrancaram elogios dos apresentadores do evento, os cantores Roberta Fiúza e Levi Castelo Branco.
Com mais de 10 anos de atuação, afirmou que o prêmio o deixa cheio de esperança. “Quero construir história com essa cidade e com a juventude dessa cidade”, comentou agradecendo a acolhida e ressaltando a admiração por todos os artistas.
A terceira colocada, Claudine Albuquerque, também impressionou com seu rock “Na Contramão”. A cantora, já conhecida nas noites fortalezenses, lembra que o que vale nesse tipo de experiência é a jornada.“Estamos aqui para conhecer os artistas e para que as pessoas nos conheçam. Trocar histórias e fazer novas histórias acontecerem”. Para ela, esse reconhecimento reforça o sentido de resistência da arte e incentiva a continuar lutando.
Já Aparecida Silvino, grande vencedora da primeira edição do evento, realizada em 2012, com a música “Janela Aberta”, retorna ao palco do Festival de Música da AL com sua nova “Pode Bater o Tambor”. Ela agradeceu a escolha do público, e frisou que a missão da música é chegar ao coração das pessoas. “Pode Bater o Tambor”, composição dela e Gilvandro Filho, cumpriu isso, segundo a artista.
As doze finalistas do festival estarão reunidas em um disco que será lançado em breve, como registro do evento.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), o presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Henrique (PDT), e o secretário estadual da Cultura, Fabiano Piúba, prestigiaram a noite.
De acordo com Roberto Cláudio, neste momento em que atravessamos uma pandemia, a música acaba sendo frescor, vento de luz e alegria para a população. Por isso, o prefeito parabenizou Sarto pela delicadeza e sensibilidade de realizar o evento, que “mostra ao nosso povo o que é feito aqui, produzido aqui com tanta qualidade”, destacou. O prefeito lembrou que era o presidente da Assembleia quando foi realizada a primeira edição do festival e se disse orgulhoso pela retomada do evento.
O corpo de jurados contou com a participação do cantor, compositor e produtor Humberto Pinho, do músico e produtor Ivan Ferraro, do músico Marcílio Mendonça, do jornalista e radialista Nelson Augusto e do maestro Poty Fontenelle.