Por Karime Loureiro, colunista VemTambém

A casta é cruzamento da Pinot Noir e a Pinot Blanc, podendo dar origem a vinhos leves e refrescantes, até rótulos encorpados com grande potencial para guarda.
Pinot Grigio e Pinot Gris são a mesma uva, sendo este o nome dado a ela na França e aquele na Itália. Grigio significa cinza em italiano e Gris, cinza em francês – sendo referência descoberta à cor da casca da fruta.
Embora tenha sido descoberta na região da Borgonha, foi na Alsácia, também na França, que a casta passou a ser reconhecida pelo continente Europeu.
A grande verdade é que os italianos tornaram a Pinot Grigio mundialmente conhecida e passaram a dominar sua produção global; eu mesma achava que era de origem italiana.
É importantíssimo salientar que os vinhos produzidos com a Pinot Grigio são bastante influenciados pelo terroir, mas o que isto quer dizer?
Nas regiões frias são encontrados vinhos com maior intensidade aromática e acidez pungente, além de serem tipicamente mais leves e delicados, normalmente trazendo aromas frutados, florais e com a leve presença de especiarias, tais como: aromas de pêssego, limão, tangerina, pera, maçã verde, complementados por flores silvestres, mel, orégano e erva-cidreira.
Em regiões mais quentes, seus rótulos são mais viscosos, ou seja, têm mais corpo, dependendo do solo, podem trazer um caráter mineral, lembrando pedras e a areia molhada.
Mas se compararmos, especificamente, o perfil dos vinhos franceses e italianos, as características sensoriais serão enormes. Na França, esses vinhos costumam ser mais encorpados, amarelados e com uma presença “apimentada”. Já na Itália, os exemplares são mais refrescantes, versáteis e fáceis de beber.
E, embora sempre lembremos do Chardonnay quando falamos em envelhecimento, dependendo do estilo do produto, vinícola e vindima, os vinhos da Pinot Gris podem ser vinhos brancos com aptidão para “envelhecer”, sabia?