É um destino barato pra quem está pela Europa e INESQUECÍVEL! O escolhi por curiosidade pela cultura árabe, por ser diferente dos clichês… Então pesquisei antes e resolvi embarcar (sem guia) nessa experiência indescritível, com um frio na barriga, minha mãe e mais 4 amigas! A distância entre Lisboa-Marraquexe é de, aproximadamente, 1:30h (a TAP tem voos diários/ida e volta custa, em média, R$ 600,00), mas no destino não há tanto fluxo de europeus, talvez pela diversidade cultural, estigmas, dentre outros motivos. Mas é aí que tudo fica mais interessante.
Escolhi um “Riad” para me hospedar pra melhor vivenciar a realidade local (nome designado a casas ou palacetes que constituem o habitat tradicional dos marroquinos). Muitos são transformados em hotéis, e as características peculiares são: fachadas simples (geralmente com apenas uma porta de madeira), e por dentro “suntuosos”, com um pátio interior central, piscina, jardim, seguindo um modelo tipicamente árabe–andaluz. Seguem o mesmo padrão e contam com um terraço no piso superior que dá a vista para a Medina.
Escolhi o Riad Terra Bahia, site: http://www.riad-terra-bahia.com/EN/suites_rooms.html


O café da manhã é delicioso, servido no terraço em mesas particulares a cada quarto (adorei!) .
Fomos recepcionadas com um tradicional chá de hortelã e muita simpatia! Localizado na Medina, região que me surpreendeu com as cores, cheiros e sons…Nota-se a convivência harmônica entre muito ricos e muito pobres. A população é acolhedora, preparada para o turismo que movimenta a economia local. A tradição e a religião é o que chama a atenção dos visitantes, mas não há tanto rigor nem imposição quanto à vestimenta de visitantes. Mulheres usam burca, caftan e homens djellabas, turistas se vestem à vontade.
Em conversa com nativos, noto que se referem à Casablanca como a capital econômica e Marraquexe como a turística. Grande parte dos marroquinos é “poliglota”, fala árabe, bérebere, francês e ainda se arrisca no inglês para não perder clientes. Isso, há feiras por toda a cidade, e os artesanatos são ricos em detalhes, há muita palha e couro. Pechinchar é preciso pra quem deseja visitar o país, por que lá é corriqueiro, e os preços são anunciados 3, 4 vezes acima do valor pretendido, até que o comprador e o vendedor (em geral ambulante) entram em consenso! (risos) Divertido e curioso!
Dos passeios bacanas que fiz, indico a praça Jemaa el-Fna, patrimônio mundial da UNESCO, lá você encontra desde as cobras hipnotizadas ao suco de laranja típico das laranjeiras locais (muito bom!). Músicas, ambulantes, animais, crianças, charretes fazem parte daquele local, e, claro, as famosas pinturas de henna pra dar sorte no amor! (dura uma semana).

Outro passeio maravilhoso é o de camelo pelos Palmeirais, não é necessário ir ao deserto do Saara (que fica a 500km de Marraquexe) para andar a Camelo, os Palmeirais ficam há 10 km da capital, e lá há vários cuidadores de camelos com vestimentas para embarcarmos nessa experiência.
Outro local bacana de se visitar é a Medersa Ben Youssef, um das referências arquitetônicas do Marrocos e antiga escola de memorização do Alcorão, onde viviam cerca de 900 estudantes, no século XIV. Toda esculpida em cedro, muito linda. O local é silencioso e cheio de visitantes, encontrei um senhor que pintou meu nome em árabe, centralizado na estampa igual a desses azulejos.
(foto)
Mas a dica TOP de restaurante, pra curtir o sunset é o Terrasse des Épices site: https://terrassedesepices.com/menu/
Outro local bacana de se visitar é a Medersa Ben Youssef, um das referências arquitetônicas do Marrocos e antiga escola de memorização do Alcorão, onde viviam cerca de 900 estudantes, no século XIV. Toda esculpida em cedro, muito linda. O local é silencioso e cheio de visitantes, encontrei um senhor que pintou meu nome em árabe, centralizado na estampa igual a desses azulejos.

Mas a dica TOP de restaurante, pra curtir o sunset é o Terrasse des Épices site: https://terrassedesepices.com/menu/
Perfeito pra apreciar um Tagine ou um bom cuscuz marroquino! Além de ter uma vista privilegiada da cidade.
Outro local especialíssimo, localizado no centro de Marraquexe, é o Jardin Majorelle, que foi casa do famoso estilista Yves Saint Laurent (onde foram jogadas as cinzas de seu corpo após a cremação), é aberto para visitação! (entrada: 7 euros) Conta o charmoso Café Majorelle, com um jardim botânico diversificado, cheio de cactos! A arquitetura é bela, tem cores vivas, e predominam o verde, o azul e o amarelo. Há também um acervo do YSL, uma loja com produtos da marca e uma pequena livraria com souvenirs. Comprei um livro e duas gravuras para emoldurar! Site: http://www.jardinmajorelle.com/
Vale muito a pena!!!
Visitamos, ainda, a fábrica de couros Tannerie Chouwara, o cheiro é muito forte, por isso na entrada já recebemos galhos de hortelã para amenizar o odor enquanto ouvíamos sobre o processo de tinturação.

Lá é feito, artesanalmente, o tingimento de peles de vaca, cabra e carneiro, que ficam imersas em tonéis por vários dias…o interessante é que cada tipo de pele fica uma quantidade X de dias para que a pigmentação saia perfeita. Depois disso são confeccionadas malas, tapetes, casacos e outros artigos com a matéria prima para venda.

Esse é o muro da divisa entre a Medina e a moderna da cidade. A cor predominante de Marraquexe é a terrosa, por que a construção é feita com um barro característico vermelho-alaranjado e cal, que fazem desta a “cidade vermelha”. Há palmeiras e laranjeiras espalhadas por toda a cidade. Anda-se a pé, de táxi e charrete com tranquilidade.
Gueliz é a parte moderna da cidade, uma boa pedida para restaurantes e shoppings. Indico um passeio pelo shopping Menara Mall site: http://www.menaramall.com/e uma boa caminhada pela famosa Mohammed 6.
Mesquita Koutoubia

Foram 4 dias intensos e pretendo voltar em breve por que amei! Dentre as coisas que mais me marcaram, além dos cheiros, temperos, cores, sons, destaco a chamada para oração aos muçulmanos, feita cinco vezes por dia (na alvorada, ao meio do dia, no meio da tarde, no pôr-do-sol e à noite). O som é alto e ecoa por toda a cidade, por isso é tão marcante. Até lembra um rebanho de gados…, mas é muito interessante. Os homens param o que estão fazendo, se ajoelham e entram numa sincronia para orar à Alá.

Então esse destino, com certeza, está na minha lista de repeteco! Da próxima vez me hospedo na parte moderna!
por Tetê Férrer
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