Após êxito em pacientes de Fortaleza, o capacete Elmo passa a ser mais um aliado no enfrentamento à Covid-19 no interior do Estado. Durante o mês de fevereiro, profissionais dos hospitais regionais Norte (HRN), do Cariri (HRC) e do Sertão Central (HRSC), vinculados à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, foram capacitados por técnicos da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) e já passam a usar a nova tecnologia. No início deste mês, o aparelho também ajudou na recuperação de pacientes de Manaus, após missão solidária de profissionais da Escola.
Cada unidade do Interior, administradas pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), recebeu da Sesa dez capacetes para a utilização nos pacientes dos setores Covid-19. Os testes clínicos realizados com o equipamento mostraram que o uso do Elmo pode diminuir em 60% a necessidade de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A fisioterapeuta do HRN, Leyliane Diógenes explica que os hospitais implantaram protocolos para uso do Elmo em pacientes que receberam indicação para o tratamento, que previne intubação. Entre os requisitos está o índice de oxigenação no sangue. “O Elmo é uma ventilação não invasiva que melhora o índice de oxigenação no sangue e expande o pulmão do paciente, evitando uma intubação”, ressalta Diógenes. Ela explica, ainda, que os fisioterapeutas fazem a monitorização diariamente nos pacientes para avaliar se a terapia está tendo o efeito esperado, se o paciente está bem adaptado e se o quadro clínico registrou melhora.
O capacete Elmo é mais uma possibilidade de terapia não invasiva, no entanto, de acordo com Andréa Braide, da ESP/CE, existem alguns critérios para que o paciente possa fazer uso do dispositivo. “Para que o paciente esteja apto a fazer uso do Elmo, ele precisa estar acordado, orientado e ser participativo. O treinamento, com todo o suporte educacional com base na simulação realística, prepara os profissionais tanto para a seleção dos possíveis candidatos a uso do capacete, como para agir em caso de intercorrência”, enfatizou Braide, responsável pelo treinamento da equipe no HRC.