Nossa homenagem a Fortaleza, Terra da Esperança.
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Fabricado em abril de 1967 pelo estaleiro espanhol Astilleros de Cádiz, foi batizado por Juan da Austría. Nome pomposo que fazia jus ao seu tamanho majestoso. Posteriormente, ganhou a alcunha de Asian Glory, nessa época, em meados dos anos 1970, desbravava mares na longínqua Libéria e o mar azul de Fortaleza ainda não estava em seu destino .
Ancorado no Texas, anos depois, o petroleiro, que na época embarcava 40 tripulantes, sem que ninguém pudesse imaginar, em uma noite de abril de 1983, ardeu em fogo por 4 noites completas. As labaredas refletiam no mar enquanto o navio tentava resistir para tempos depois, pertencer a paisagem marítima da nossa cidade.
Depois do incêndio, recebeu o que viria a ser seu terceiro e derradeiro batismo: Mara Hope. E foi com esse nome que o conhecemos, quase que por acaso. Em uma viagem só de ida para Taiwan, onde seria descartado em um cemitério de navios, teve a sorte de a rota fazer passagem pelo mar de Iracema e ao sentir o sal da água e o sol de Fortaleza, desprendeu-se das correntes do seu carrasco e fixou morada.
Mara Hope, está aqui há 30 anos, encalhou em um monte de terra e adotou nosso lar como o dele. Há muito já não é estrangeiro. Vive Fortaleza tanto quando nós é virou sinônimo de sobrevivência e resinificação. O que viraria sucata hoje é um agregador de vida marinha e um encantador de olhos humanos. Afinal, hope, quer dizer esperança.